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Oficina de Desenvolvimento Docente com foco na Avaliação para a Aprendizagem

  • Publicado: Sábado, 22 de Outubro de 2016, 12h00

Como saber se o atual aluno de medicina será um bom médico no futuro? A dúvida, que faz parte do cotidiano dos professores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará (UFPA), é o tema da Oficina de Desenvolvimento Docente com foco na Avaliação para a Aprendizagem, que acontece nesta sexta, dia 21, e sábado, dia 22 de outubro, em Belém.

A iniciativa faz parte do Programa de Desenvolvimento Docente da Faculdade de Medicina da UFPA, que busca oportunidades de formação e diálogo com professores e alunos das áreas médicas sobre como aperfeiçoar as práticas pedagógicas, incluindo as avaliações, na formação de futuros médicos na universidade.

O professor Ruy Souza, da Universidade Federal de Roraima (UFRR), é o facilitador do evento. Com mais de 25 anos dedicados às pesquisas e aos debates sobre a formação médica, ele explica que a oficina realizada na Faculdade de Medicina irá debater as teorias e práticas de avaliação. “Um dos principais modelos de educação dos futuros médicos busca inverter a sala de aula, o que significa promover o engajamento dos alunos de forma que eles não sejam ouvintes, mas debatedores, sujeitos do ensino”, resume.

Técnicas podem ajudar a avaliar melhor os futuros médicos do Pará - Nos dois dias do evento, o diálogo sobre as técnicas da Team-Based Learning (TBL) e do Exame Clínico Objeto Estruturante (Structured Clinical Examination - Osce) serão um dos principais momentos da oficina. A primeira se refere à metodologias e ferramentas para a avaliação individual e coletiva que incluem as habilidades e atitudes dos futuros médicos. A segunda propõe a avaliação dos estudantes simulando ambientes médicos.

“Atualmente, não podemos ensinar tudo aos discentes de medicina, pois, o conhecimento médico acumulado dobra a cada três anos, ou seja, quando o aluno chega à metade do curso, o que sabíamos quando ele iniciou já mudou, por vezes, radicalmente. O que fazer, então? É preciso ensinar o aluno a aprender e guiá-lo em direção às atitudes e habilidades das quais precisa para se tornar médico”, aponta Ruy Souza.

Oficina irá simular avaliação de alunos em atendimentos de indígenas e transgêneros - O professor cita, por exemplo, a necessidade de avaliar os alunos simulando ambientes e situações que lhe sejam incomuns culturalmente, mas que fazem parte do cotidiano da profissão. “Atendimentos como de pacientes indígenas ou transgêneros”, exemplifica o pesquisador da UFRR.

“Temos mudanças e propostas pedagógicas para a formação em saúde extraordinárias. Porém, ainda precisamos nos esforçar para que apliquemos ao processo de ensino-aprendizagem o mesmo rigor e dedicação que temos com a área científica em geral”, garante Ruy Souza.

A Oficina de Desenvolvimento Docente com foco na Avaliação para a Aprendizagem é uma das ações ligadas do Programa de Desenvolvimento Docente da Faculdade de Medicina da UFPA, diz a professora Tânia D’Almeida, diretora da Faculdade. A intenção é que ações como estas sejam cada vez mais regulares. A efetivação destas ações conta com o apoio da Pró-reitoria de Ensino de Graduação (Proeg), por meio de um projeto vinculado ao PROINT, coordenado pela professora. Deverá, também, contar com o apoio da Reitoria da Universidade.

“Fazendo um paralelismo, se um médico conhece um medicamento que é o melhor para aquele paciente e não o usa, essa é uma postura antiética, por isso, precisamos conhecer as práticas pedagógicas e usá-las para melhorar a avaliação e todos os demais aspectos do processo de formação dos nossos futuros médicos”, defende a pesquisadora da UFPA.

Professores e alunos aprovam iniciativa - Até este sábado mais de 40 pessoas, entre estudantes e professores do curso de Medicina e das áreas da saúde, estão concentrados na sala “J”, localizada na sede da Faculdade de Medicina da UFPA, na Avenida Generalíssimo Deodoro, em Belém. Para a professora Rosiane Pinheiro Rodrigues, que atua na área de Atenção Integral à Saúde na FAMED/UFPA, a oficina é uma oportunidade única.

“É uma oportunidade para melhorarmos as metodologias do ensino-aprendizagem de forma problematizadora, como proposta por Paulo Freire, em uma relação na qual os alunos sejam sujeitos nessa relação”, acredita.

Os estudantes de Medicina da UFPA também aprovaram a iniciativa. Rodrigo Borges, aluno do internato de Medicina da Universidade, conta que os docentes ainda parecem estar pouco engajados na qualidade do processo de aprendizagem no curso. “Muitos, infelizmente, ainda se preocupam mais em passar o conteúdo e menos em acompanhar se realmente aquele conteúdo está sendo apreendido. E temos raras, mas louváveis, exceções a essa situação, mas esperamos que eles, em breve, se tornem regra”, insiste.

Sobre o preparo dos alunos para atendimentos mais diversificados, como aos indígenas e à comunidade GLBT, o estudante afirma que é louvável a iniciativa. “Meu TCC será sobre isso: como a formação médica do Pará está se preparando para a atenção em saúde da comunidade de gays, lésbicas, bissexuais e trasngênero, que ainda está aquém do que deveria ser”, revela.

• Serviço
Oficina de Desenvolvimento Docente com foco na Avaliação para a Aprendizagem
Realização: Dias 21 e 22 de outubro na sala “J” da Faculdade de Medicina da UFPA
Informações: (19) 3201-6858 ou pelo e-mail coord-medicina@ufpa.br

Texto e fotos: Glauce Monteiro – Assessoria de Comunicação da UFPA

Publicado em: 21.10.2016 18:00
https://www.portal.ufpa.br/imprensa/noticia.php?cod=12222

 

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